sábado, junho 17, 2006

O fim do elo perdido.




Ser pai é uma experiência ímpar. E a grande pergunta que me faço é: onde andará meu egoísmo, traço de meu carater cultivado, cultuado e idolatrado pelos nem tão longos anos de minha existência? A bem da verdade, na hierarquia da casa eu me encontrava no fim. Neste caso, nada mudou. O que mudou é que por longos seis anos aqui em casa havia um regime matriarcal bem estabelecido, onde Priscilla, Vera Lúcia, Olívia e Pretinha (as três últimas, felinas) reinaram absolutas, dando a mim o direito a algumas respostas que, falsamente, davam indícios da prevalência de minha vontade. Mas a história mostra que não há regime que dure a vida toda. E dia 2 de agosto de 2005, mais precisamente às 05h05min, vinha ao mundo o vingador, o meu Simon Bolivar. Mas nem tudo são maravilhas. E foi assim que o Elo perdido acabou. Ah, o elo perdido era o segundo quarto da casa onde eu tinha meu refúgio da tirania feminina. Era um local onde predominava a mais pura organização masculina, o único local conhecido onde havia portais para o plano paralelo, onde as coisas sumiam e reapareciam meses depois, atormentadas e com relatos de abdução. E hoje faço meu relato em uma sobra de canto da sala, enquanto observo os movimentos do novo pequeno tirano.

Um comentário:

Anônimo disse...

é assim mesmo...eles chegam tomam conta e quando tu te der conta até mesmo o cantinho da sala estará dominado...hahaha
Viva os nossos herdeiros...
Bj Carla Brambilla