quarta-feira, novembro 02, 2016

O Se e o multiverso


Se: conjunção subordinativa condicional – estabelece um sentido de condição, podendo equivaler-se a “caso não”*. 
A finitude, a brevidade e até mesmo a efemeridade da vida deixa pouco espaço para o erro, dentro de uma sociedade materialista, apesar de todos os questionamentos e todas as incertezas existentes. Como um bom livro, um bom filme que fica maior a cada página lida, a incerteza é o trunfo, a graça da vida. Agimos de acordo com a maturidade momentânea e geralmente só fazemos aquilo que as nossas limitações, momentâneas ou não, permitem. Se a incerteza é uma constante, logo, o erro é inerente ao ser.
O multiverso, segundo a Wikipedia, e eu acredito, é um termo usado para descrever um hipotético grupo de todos os universos possíveis. É geralmente usado na ficção científica, embora também como possível extrapolação de algumas teorias científicas, para descrever um grupo de universos que estão relacionados, os denominados universos paralelos.
O Se é um condicionador muito utilizado em programas computacionais, um elemento da lógica: se tal coisa, então tal coisa. Na existência o Se adquiriu uma condição de autopunição: se eu tivesse feito aquilo, naquela situação, hoje, teria sido diferente. E assim começamos a nos fustigar como se no momento em que fizemos a escolha ou adotamos uma determinada atitude tivéssemos o controle sobre todas as possibilidades de escolhas possíveis. Infelizmente, não, somos limitados. Os tropeços, as perdas, fazem parte do aprendizado, sedimentam evoluções.
Muito mais do que um universo, no Se cabe o multiverso, tudo é possível. Se eu tivesse ganhado na mega em 90. Precisamos aprender a aceitar e tentar entender determinadas situações para nos deslocarmos nessa grande espiral.
http://portugues.uol.com.br/gramatica/as-funcoes-se-.html
(Reflexões sobre a perda)